Após ratificar que em momento algum o Ministro deixou de trabalhar pelo reajuste, a Administração informou que o Advogado-Geral da União conversou ontem, novamente, com o Ministro do Planejamento, tendo se estabelecido um impasse que deverá ser resolvido pelo Presidente da República. O Advogado-Geral da União permanece defendendo a proposta veiculada em seu último aviso ministerial, enquanto o Planejamento insiste na proposta apresentada na última reunião com as entidades de classe.
Não obstante, a direção da AGU registrou que o Ministro Paulo Bernardo colocou-se à disposição para retomar a discussão sobre o repasse de honorários, caso se aceite a implementação da tabela oferecida pelo Planejamento. Assim, de acordo com a AGU, o Ministro da Fazenda passaria a ser o único contrário ao repasse dos honorários.
Após, o vice-Advogado-Geral da União conclamou as entidades para que fosse retomado o trabalho de construção da instituição, principalmente quanto aos projetos de interesse comum, a exemplo do projeto de reestruturação das procuradorias e de divulgação do trabalho desenvolvido pela categoria. Entre eles, citou o Congresso Brasileiro das Carreiras Jurídicas de Estado.
Registrada a insatisfação da categoria com a atual situação da instituição como justificativa para a não participação, o Diretor-Geral da UNAFE questinou sobre a real posição do Fórum com relação ao Congresso, na medida em que as logomarcas de todas as entidades permanecem no site do evento. Esclareceu que a questão ainda estava sendo debatida com a diretoria e os associados da UNAFE, mas que entendia que deveríamos criticar de forma contundente os equívocos da Administração, mas saber apoiar também as boas iniciativas.
Diante do questionamento, o representante da ANAUNI, André Dantas, afirmou que "não há boicote ao evento", sendo que o único problema é que as entidades "não tem recursos" para custear passagens e hospedagem de colegas para participarem do congresso.
Para o Consultor-Geral da União, Ronaldo Araújo Vieira, o congresso pode ser um espaço importante para, demonstrando que não há diferença na qualificação, perfil e empenho na defesa do interesse público entre os profissionais das carreiras jurídicas, expor também os problemas e dificuldades por que passa a instituição, por meio de uma discussão qualificada.