Dentre os procuradores do Rio de Janeiro, apenas 60 não aderiram à greve, e no interior a aceitação é ainda maior, diz a diretora da União dos Advogados Públicos Federais do Brasil (Unafe) no Rio de Janeiro, Dra. Maria Isabel.
No Espírito Santo, a adesão também superou as expectativas. Segundo o representante estadual do Espírito Santo, Dianny Silveira, 80% de toda a categoria está parada a espera de uma posição do governo.
Advogados Públicos Federais no estado de Minas Gerais, transformaram a greve num evento solidário. A Greve Cidadã reúne servidores de todo o estado para a realização de trabalhos voluntários. Os grevistas realizam doações de sangue e dão prioridade a processos que estavam parados para a implantação de benefícios que atendem os interesses sociais. Para o Advogado Público Federal Galdino Alves, a greve não é apenas uma paralisação, mas também uma forma de atender a sociedade como um todo.
No estado de Goiás, nem mesmo a decisão de ilegalidade da greve, na ação proposta pela Advocacia-Geral da União (AGU), desencorajou os manifestantes. O estado com a maior adesão à paralisação, quase 100%, luta pela solidificação da greve. Ninguém se abalou com a declaração de ilegalidade da greve, assegura Juliana Malta, Advogada Pública Federal do estado de Goiás.
De acordo com o Diretor-geral da Unafe, Danilo Miranda, a mobilização ficou mais forte depois da decisão da AGU de declarar a ilegalidade da greve. Os procuradores e advogados da União estão revoltados com essa decisão, declara Miranda. Em Brasília, cerca de 300 Advogados Públicos Federais participaram da manifestação ontem, em frente à Procuradoria Regional da União.