Qualquer que seja a proposta, no entanto, ela já se inicia em descompasso com a expectativa da categoria. Na última assembléia de Advogados Públicos realizada no dia 11 em São Paulo, por exemplo, consignou-se a necessidade de se manter o pleito pela isonomia com o Ministério Público Federal. No mesmo dia, em Sergipe, o presidente da OAB/SE Henry Clay salientou que "não há hierarquia funcional entre advogados, Ministério Público e juízes", o que legitima o pleito dos Advogados Públicos Federais.
Em Santa Catarina, a assembléia de Advogados Públicos registrou o seu descontentamento com a posição do Forum, afirmando que está se pondo por terra a "luta histórica pela equiparação com as demais Funções Essenciais à Justiça". No Mato Grosso, Advogados Públicos propõem o "resgate da proposta construída no movimento de 2006". No mesmo sentido deliberaram as assembléias no Mato Grosso do Sul, no Ceará, no Tocantins, no Rio Grande do Sul, no Rio Grande do Norte, no Rio de Janeiro, no Piauí, em Minas Gerais, na Bahia e em Alagoas.
Ao todo, 14 estados já decidiram deflagrar greve por tempo indeterminado a partir da data a ser fixada hoje pelo Forum Nacional da Advocacia Pública Federal. Outras assembléias estão programadas nos estados para hoje e amanhã, para discutir a proposta do Governo Federal.